70 x 7
Este
é o numero de vezes que devemos perdoar os nossos devedores, não 490 vezes, mas
infinitamente. Dizem que errar é humano, no entanto eu conheço muitos desumanos
que erram em todos os sentidos, principalmente quando fazem julgamento precipitado
do próximo mais próximo, demonstrando total ignorância dos fatos que pensam
conhecer, provavelmente por não terem olhos de ver e nem ouvidos de ouvir, nem
sensibilidades aos sentimentos, é como as ondas de rádio, uma FM nunca
sintoniza uma AM e vice versa, apesar das ondas estarem no mesmo lugar e espaço.
Seria
melhor que não tivéssemos devedores, que não fossemos atingidos, afetados ou
alcançados por injurias e faltas de qualquer espécie, isto seria possível se
nos mantivéssemos em vibrações e sintonias de alto padrão, mas este atributo só
pertence ao seres iluminados, aqueles que já fizeram o caminho e conquistaram o
direito de imunização.
Mas
porque devemos perdoar ?
Pra
estarmos livre, pra não manter um laço, uma amarra, uma âncora com energias
funestas, imagine um determinado momento na vida, quando recebemos uma promoção
e precisamos levantar voo, crescer, transmutar e nos deparamos chumbados,
presos, condenados, ligados naqueles com quais temos diferenças, deve ser por
isto que quando vamos fazer nossa oferenda, antes devemos nos conciliar com
nossos adversários, senão a oferta não será aceita.
Se
alimentarmos sentimento de amargura, tristeza, azedume, sofrimento, vingança, estaremos
contraindo doenças mentais, físicas, espirituais e assim afetando e atrasando o
nosso progresso.
Devemos
cultivar laços de amor, fraternidade, amizade, simpatia, alegria, carinho, respeito,
etc., assim criar um campo energético positivo, proporcionando condições para bem-aventurança,
esta é a lei que rege todos os seres.
Quantas
vezes repetimos esta frase: “... perdoais as nossas ofensas, assim como
perdoamos nossos devedores ... ” e acrescentamos, eu perdoo, mas não quero ver
a cara do infrator (a), isto me parece um perdão parcial, fragmentado, não
eliminado a ligadura, mantendo assim as amarras.
Amar
os amigos já é complicado, mas somos agraciados pelas compensações, tipo toma
lá dá cá, agora amar os inimigos, não é pra qualquer um, qual de nós diria:
“perdoai senhor, eles não sabem o que fazem” no momento em que estamos sendo
abatidos.
Devemos
acreditar na justiça, não a dos homens, mas a divina, e compreender que as leis
imutáveis se aplicam a todos, sem privilégios, assim racionalmente, poderemos
aceitar a vida como ela é.
O
perdão é o esquecimento completo e absoluto das ofensas, vem do coração é
sincero, generoso e não fere o amor próprio do ofensor. Não impõe condições
humilhantes tampouco é motivado por orgulho ou ostentação. O verdadeiro perdão
se reconhece pelos atos e não pelas palavras, é o caminho para atingirmos a
paz.
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